Hoje em dia, comer pipoca no cinema é considerado quase que uma associação obrigatória por muitos quando vão assistir um filme em uma sala de cinema.
Você provavelmente sabe que pipoca, doces e outros alimentos vendidos para consumo dentro de um teatro de cinema é o que ajuda a manter as empresas de exibição em pé. Eles obtêm até 85% de lucro em vendas de concessão e essas vendas representam quase 50% do lucro total dessas empresas. A história do lucrativo milho vem desde a década de 1930, mas antes disso, as pipocas e os cinemas não andavam de mãos dadas. Houve uma época em que os cinemas queriam ter regras da casa da mesma forma que uma casa de teatro, onde lanches não são bem-vindos, principalmente os que fazem barulho na hora da mastigação, como a pipoca, pois reclamavam de atrapalhar a experiência de assistir o filme.
Porém, quando os filmes acrescentaram som em 1927, a indústria do cinema abriu-se para uma clientela muito mais ampla, já que as pessoas sem alfabetização não teriam mais problemas em assistir aos filmes, que precisavam ler as cartelas para entender os filmes do cinema mudo, e naquela época, a parte da população que era alfabetizada era minoria. Em 1930, a frequência aos cinemas chegou a 90 milhões por semana nos Estados Unidos. Um aumento tão grande que criou maiores possibilidades de lucros, especialmente porque a partir deste momento os filmes com som abafavam os barulhos causados pelos lanches, porém os proprietários de cinemas ainda hesitavam em trazer lanches para dentro de seus teatros.
Além de querer manter as aparências, os primeiros cinemas não foram construídos para acomodar as primeiras máquinas de pipoca; os teatros não tinham ventilação adequada. Mas à medida que mais e mais clientes iam ao teatro com pipoca na mão, os donos não podiam ignorar o apelo financeiro de vender o lanche.
A pipoca era barata de produzir, então também era barato comprar, o que aumentou a popularidade deste tratamento durante a Grande Depressão. Um saco de pipoca custava na época entre 5 a 10 centavos, um luxo que a maioria das pessoas podiam pagar.
No início, a pipoca era vendida em bancas fora dos cinemas. Os proprietários permitiam que um vendedor de pipoca em particular vendesse fora do cinema por uma taxa diária. Depois de um certo tempo, os cinemas começaram a permitir que o vendedor de pipoca vendesse as pipocas dentro de suas propriedades, e os enormes lucros da pipoca os mantiveram vivos durante a economia difícil. Os cinemas que não vendiam pipoca fecharam. Em meados da década de 1940, no entanto, os cinemas tinham cortado o intermediário que vendia a pipoca separadamente para as pessoas, e começaram a ter seus próprios postos de concessão no lobby. A introdução do posto de concessão de pipoca para os cinemas manteve a indústria cinematográfica à tona e desde então, a pipoca e os filmes tiveram uma relação simbiótica.