Mark Lee Ping-bing, O Grande Fotógrafo Taiwanês

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- 21/12/2020 18:16:27

Mark Lee Ping-bing (Chinês: ???) nasceu no dia 8 de Agosto de 1954, em Taiwan. Após completar o serviço militar obrigatório, Ping-bing fez um exame para um programa de treinamento na Central Motion Pictures Company e competiu com mais de duas mil pessoas por vinte vagas. Inicialmente foi colocado na lista de espera, mas acabou sendo admitido no programa e embarcou em uma jornada que mudou sua vida como diretor de fotografia.
O diretor de fotografia é mais conhecido por sua longa colaboração com o diretor Hou Hsiao-hsien. A parceria começou com o filme Um Tempo para Viver, Um Tempo para Morrer (1985) e seguiu até o filme mais recente de Hsiao-hsien, A Assassina (2015). Nos dez filmes premiados que fizeram juntos, a dupla definiu uma visão única para o realismo do Novo Cinema Taiwanês.

Entre os seus filmes recentes mais bem sucedidos estão Love Education (2017), filme dirigido pela atriz taiwanesa Sylvia Chang, e o aclamado romance chinês Pérolas no Mar (2018), da diretora taiwanesa, Rene Liu. Ping-bing recebeu prêmios em diversas premiações pelo mundo e foi convidado para ser um membro da Academia do Oscar. 

Em 2009, Ping-bing publicou um livro de fotografia chamado A Poet of Light and Shadow e foi homenageado pelos cineastas taiwaneses Chiang Hsiu-chiung e Kwan Pun-leung no documentário Let The Wind Carry Me (2009), onde documentam a carreira e vida de Ping-bing através de entrevistas com ele e com seus colegas de trabalho como Shu Qi, Sylvia Chang, Hou Hsiao-hsien e Wong Kar-wai.

Ping-bing construiu uma carreira que faz dele um dos diretores de fotografia mais consagrados da Ásia. Durante mais de três décadas criou fotografias memoráveis e belas longas tomadas em aclamados filmes como Amor à Flor da Pele (2000), de Wong Kar-wai; Springtime in a Small Town (2002), de Tian Zhuangzhuang; Millennium Mambo (2001) e A Assassina (2015), de Hou Hsiao-hsien, utilizando transformações emocionais sutis ao inserir mudanças rítmicas distintas.

Em uma entrevista, Ping-bing afirmou que é muito difícil transmitir muitas coisas em uma tomada longa, mas, às vezes, usar uma tomada longa em vez de muitas tomadas curtas pode trazer mais camadas de sentimentos e emoções para o público.

Sua fotografia é marcada por uma apresentação requintada de luz, sombra, cor, movimento gracioso da câmera e composições cativantes que trazem para o primeiro plano o papel da fotografia na criação de filmes. Ao longo de sua carreira, filmou majoritariamente em película e permanece entre um pequeno grupo de cineastas que ainda opta por usar película até os dias de hoje. 

Mark Lee Ping-bing se distinguiu como um dos principais diretores de fotografia em atividade no mundo e é mestre em filmar em condições naturais e de pouca luz, revelando camadas densas e brilhantes de luz, além de escuridão que fornece profundidade e espaço incríveis. Cada quadro de Ping-bing permite que a audiência mergulhe em ricas paisagens visuais, sejam naturalistas ou altamente estilizadas.


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