Terrence Frederick Malick nasceu no dia 30 de Novembro de 1943 em Ottawa, Illinois, nos Estados Unidos. Malick foi criado entre os estados Texas e Oklahoma, e se formou em filosofia pela Universidade de Harvard em 1965.
Depois de Harvard, Malick fez sua pós-graduação no Magdalen College, em Oxford, na Inglaterra, mas não concluiu sua tese e retornou aos Estados Unidos. Lá, trabalhou como jornalista freelancer para várias revistas, incluindo Life e The New Yorker, e ensinou filosofia no Massachusetts Institute of Technology. Interessado em fenomenologia, Malick traduziu a dissertação do filósofo alemão Martin Heidegger, A Essência das Razões, para uma edição bilíngue do texto publicado em 1969. No mesmo ano, voltou aos estudos e estudou na Center of American Film Institute para Estudos Avançados de Cinema (atualmente é o Conservatório da American Film Institute), e recebeu um diploma em Artes em 1971.
Malick trabalhou pela primeira vez em Hollywood quando escreveu rascunhos para o roteiro do filme O Amanhã Chega Cedo Demais, dirigido por Jack Nicholson. Sua estreia na direção foi no longa Terra de Ninguém (1973), em que também assinou o roteiro. O filme foi aclamado por sua majestosa cinematografia e tom assustador. O uso proeminente da narração se tornaria uma marca registrada de Malick. Seu filme seguinte, Cinzas no Paraíso (1978), consagrou à Malick o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes e ganhou o Oscar de Melhor Fotografia.
Malick começou a desenvolver um projeto chamado Q, sobre as origens da vida na terra, para a Paramount. O estúdio pagou U$ 1.000.000 pela criação do roteiro, porém, Malick estava demorando muito para entregar o projeto e o estúdio começou a pressioná-lo. O diretor, então, estava sofrendo muita pressão e decidiu se isolar. Malick se mudou para Paris, mas nunca imaginou que sua reclusão duraria tanto tempo.
Enquanto isso, pintou e escreveu o roteiro de Q, que posteriormente se transformou em um outro filme. 20 anos depois, retornou ao cinema com o filme Além da Linha Vermelha (1998), baseado no romance de James Jones sobre a Batalha de Guadalcanal na Segunda Guerra Mundial. Com seu fantástico retorno, Malick foi indicado para Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Diretor no Oscar.
O filme que veio a seguir levou mais alguns anos até ser feito. O Novo Mundo (2005) retratou a fundação do assentamento de Jamestown e foi destacado por sua precisão histórica, além de estrelar Christian Bale e Colin Farrell. A próxima produção de Malick aproveitou o roteiro não utilizado de Q e se transformou no filme A Árvore da Vida (2011). O longa é uma dissertação impressionista sobre o lugar da humanidade no universo, apresentado pelas lentes de uma família problemática no Texas da década de 1950. O filme contou com Brad Pitt, Jessica Chastain e Sean Penn, e venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Por causa do filme, Malick foi novamente indicado ao Oscar nas categorias Melhor Diretor e Melhor Filme.
A Árvore da Vida é o seu filme mais aclamado, considerado pelos críticos um dos melhores longas do século e consagrou ao cineasta uma legião de fãs que passaram a segui-lo fielmente a partir da li. De forma incomum em sua carreira, Malick lançou seu próximo filme logo no ano seguinte. Amor Pleno (2012) foi o primeiro filme de Malick inteiramente ambientado nos dias atuais e ecoou seu trabalho anterior em seu estilo elíptico e atmosférico. O filme continuou a parceria entre Malick e o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, que o ajudou a criar uma marca única na fotografia de esses filmes.
Nos próximos anos, Malick lançou três filmes que mantiveram sua visão artística vista nos três filmes anteriores. Cavaleiro de Copas (2015) narra as jornadas surreais e os encontros de um profissional da indústria cinematográfica, interpretado por Christian Bale, em uma série de capítulos com nomes de cartas de tarô. Malick seguiu o mesmo estilo no filme De Canção em Canção (2017), que representa um triângulo amoroso entre dois músicos do Texas e um produtor musical. Em 2016, trabalhou em um documentário em IMAX que examina o nascimento e a morte do universo, intitulado Voyage of Time: Life's Journey, lançado em duas versões; uma narrada por Brad Pitt e a outra narrada Cate Blanchett.
Em seu último filme lançado, Malick retornou à Segunda Guerra Mundial no longa Uma Vida Oculta (2019). Esse é um drama baseado na vida do agricultor austríaco Franz Jägerstätter, um objetor de consciência que se recusou a prestar um juramento de lealdade à Adolf Hitler e é punido por isso.
Ainda em 2019, Malick filmou o seu mais novo filme, The Last Planet, que conta a história da vida de Jesus Cristo através de uma série de parábolas; com Géza Röhrig interpretando Jesus Cristo, Matthias Schoenaerts como São Pedro e Mark Rylance como quatro versões de Satanás. Acredita-se que esse filme é uma resposta de Malick ao filme Silêncio (2016), de Martin Scorsese, ao assistir e questionar ?O que Cristo quer da gente??
Malick é conhecido por ser completamente recluso, sem dar entrevista, sem participar de eventos e raras aparições públicas ao produzir os seus longas-metragens. Atualmente, o diretor possui uma grande base de fãs fiéis ao seu estilo cinematográfico e sua visão artística que continua trazendo ao cinema trabalhos únicos com sua marca autêntica.
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