Os filmes coreanos costumam ser mais conhecidos por seus temas de vingança, política e questões de classe. A Coreia do Sul também tem uma longa história de instabilidade política e econômica e corrupção governamental, que passou do regime militar extremo à democratização e industrialização no século XX, o que foi prejudicial para a classe trabalhadora.
O cinema coreano começou com o lançamento "The Righteous Revenge", de Do-san Kim, no dia 27 de outubro de 1919, exibido no cinema Dansungsa, no centro de Seul. Em 1962, quatro décadas após sua exibição, o governo designou o dia como o início do cinema coreano e, atualmente, esse dia é reconhecido e comemorado como o Dia do Cinema Coreano.
"The Righteous Revenge" foi uma forma de transição que combina filmes com peça e foi considerado o ponto de partida no cinema coreano, pois desencadeou um maior desenvolvimento para as próximas produções de filmes no país. O primeiro longa-metragem coreano foi lançado no final de 1923, "The Vow Made below the Moon", estrelado pela primeira atriz de cinema coreana, Lee Wol-hwa.
No entanto, a indústria cinematográfica coreana não cresceu até o final da década de 1940. Os filmes retratavam e comemoravam a independência da Coreia, após o país ter sua libertação do Japão em 1945. Pouco tempo depois, a crescente indústria cinematográfica foi afetada pela Guerra da Coreia, na qual o combate ativo durou de 1950 à 1953. Apenas 14 filmes foram produzidos durante esses três anos, porém os filmes foram perdidos desde que o país se dividiu em duas nações.
Após o cessar-fogo da Guerra da Coreia, o apoio do governo sul-coreano e a ajuda externa ajudaram a reviver a indústria cinematográfica, que levou à "Era de Ouro do Cinema" na Coreia do Sul. Entre meados da década de 1950 e 1970, os filmes consistiam principalmente de melodramas que frequentemente exploravam questões de classe.
Considerado por muitos críticos e cineastas sul-coreanos como um dos melhores filmes da Coreia do Sul, "Hanyo, a Empregada" (1960), de Kim Ki-young, segue a história de uma mulher que é contratada por uma família de classe alta para ser sua serva. O filme também reflete questões políticas relevantes para o seu tempo.
Porém, durante essa época, o cinema sul-coreano sofreu fortes censuras e cineastas poderiam ir para a prisão, caso seu trabalho não fosse leal à ideologia do governo da época. A Era de Ouro terminou na década de 1970 sob a ditadura Yusin, também conhecido como Quarta República da Coreia, em que os sul-coreanos estavam sob o regime autoritário do Presidente Park Chung-hee.
As leis de censura e o controle governamental da mídia sul-coreana causaram um problema para os cineastas. Depois que Chung-hee foi assassinado, fortes leis de censura continuaram sob o governo autoritário do Presidente Chun Doo-hwan. Quando a Coreia do Sul começou a se industrializar rapidamente, o controle governamental da mídia e da indústria cinematográfica começou a se tranquilizar nos anos 80. A indústria cinematográfica se recuperou lentamente e começou a receber reconhecimento internacional.
Depois de décadas de crises financeiras e de censura que impediram o crescimento do cinema da Coreia do Sul, atualmente, o cinema do sul-coreano está na era chamada "Novo Cinema Coreano?.
A nova era começou nos anos 1990, onde produções de maior orçamento e coproduções internacionais passaram a dominar a indústria cinematográfica sul-coreana e continuam a apresentar forte desempenho dentro e fora do país. Um dos primeiros grandes sucessos de bilheteria sul-coreanos foi o filme de Kang Je-gyu, "Shiri: Missão Terrorista" (1999), que segue a história de um espião norte-coreano em Seul, Coreia do Sul.
Outros exemplos notáveis são ?My Sassy Girl? (2001), de Kwak Jae-yong; "Oldboy" (2003) de Park Chan-wook, ?A Irmandade da Guerra? (2004), de Kang Je-gyu; ?O Hospedeiro? (2006), de Bong Joon-ho; "Os Invencíveis" (2008) e "Eu Vi O Diabo" (2010) de Kim Jee-woon, "Milagre na Cela 7" de Lee Hwan-kyung, "O Lamento" (2016) de Na Hong-jin e ?Invasão Zumbi? (2016), de Yeon Sang. Além de sucessos de bilheteria, o atual cinema sul-coreano também conta produções universalmente aclamadas que colocam a Coreia do Sul no mapa entre uma das principais indústrias cinematográficas do mundo com longas-metragens como ?A Criada? (2016), de Park Chan-wook, e o vencedor do Oscar de 2020, "Parasita" (2019), de Bong Joon-ho.
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